Bolivia a luta para ser nacao o Historia
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Bolívia - a luta para ser nação
Reportagem
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Em 1952, o país vive seu despertar, quando a reação a uma tentativa de golpe militar transforma-se em revolução, mobilizando intelectuais, operários e camponeses. Apesar de abortado, o episódio está na raiz do processo atual, que levou Evo Morales à presidência.
Marcelo Argenta Câmara
Apesar do seu pomposo impacto, a nacionalização das reservas de gás natural e petróleo da Bolívia, decretada em maio do ano passado pelo presidente Evo
Morales, não foi a primeira do gênero no país. Propostas anteriores de nacionalização, como as lançadas na Revolução de 1952 (provavelmente a única revolução operário-camponesa acontecida na América do Sul), mostram que se trata de um processo quase recorrente na história boliviana. E refletir sobre o tema e sobre os fatos que levaram à derrocada desses processos ajuda a avaliar as possibilidades de êxito desse novo governo que, assim como o de 1952, busca ser revolucionário.
De início, vale lembrar que a ocupação das ex-colônias da América do Sul esteve ligada à exploração dos recursos naturais. No caso da Bolívia, os espanhóis encontraram recursos que logo justificariam a empreitada. As minas de prata andinas, marcadas pelo apogeu e pela decadência do Cerro Rico de Potosí, foram, provavelmente, a principal riqueza explorada pelos espanhóis em terras austrais.
Mas não eram as únicas ali disponíveis. Após a independência (1826), o salitre, o estanho, o látex e o petróleo marcariam os ciclos econômicos do primeiro século de vida republicana do país.
Porém, a exploração desses recursos não se desvinculou do padrão vigente no período colonial. Exploradas