Bolha imobiliaria 2008
A causa mais imediata da crise está ligada á forte turbulência que atingiu a economia norte-americana em 2007, com estouro relativo á bolha imobiliária, relativa a hipotecas de alto risco, chamadas de “subprime”. Para explicar a causa da crise, podemos estabelecer uma sequência de eventos mais importantes:
2001- A taxa de juros básica dos EUA, estabelecida pelo Fed banco central, entra em janeiro de 2001 em 6,5% mas vai sendo reduzida até 1,75% ao ano, com objetivo de estimular a economia norte-americana que estava em recessão, incentivando a expansão da produção e consumo.
Até essa época, o financiamento de imóveis estava concentrado numa camada chamada de “prime”, ou seja, pessoas com alta renda e boa capacidade para quitar as prestações de imóveis. Com a queda de juros, que pesa bastante nos financiamentos de longo prazo, começaram a serem concedidos muitos empréstimos para compra de casas para clientes com menor poder aquisitivo classificados como “subprime”. Isso impulsionou a construção civil no país e do mercado imobiliário. Para que esses clientes pudessem contratar esses empréstimos com prestações mais reduzidas, os financiamentos chegavam a ser de até 30 anos. Durante o período em que os juros se mantiveram baixos, esse mecanismo funcionou bem, isso ocorreu entre 2001 e 2004, com a taxa de juros variando entre 1,75% e 1% ao ano.
2002/2003- Os empréstimos foram se multiplicando, com prestações sendo pagas a cada mês, essas operações se tornaram bastantes lucrativas para bancos e empresas de crédito imobiliário. Além disso, elas criavam fundos para os bancos emitirem e negociarem títulos no mercado financeiro, oferecendo como garantia as prestações a serem pagas dos empréstimos “subprime”.
A engenharia financeira levou ao surgimento de uma bolha especulativa: tomando como base os títulos negociados, as instituições financeiras emitem mais títulos, que são reunidos em carteiras, gerando novos títulos, e o valor total dos negócios vai