Boates

Dados Estatísticos
O faturamento do setor de entretenimento noturno cresceu 15% entre 2010 e 2011, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo. Só a capital paulista possui mais de 13 mil restaurantes, 15 mil bares e duas mil casas noturnas, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
De acordo com o site Visite São Paulo, 67% dos 12,5 milhões de turistas que passaram pela cidade em 2012 visitaram uma dessas atrações. O leque variado de opções pode ser um atrativo para os clientes, mas é um dos desafios para quem pretende se aventurar no ramo. A forte competitividade pode representar o fim de uma casa noturna em menos de três anos – caso de 49% das empresas brasileiras, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, existem características que tornam os estabelecimentos que funcionam à noite mais arriscados, do ponto de vista empresarial. Os custos são altos – incluem segurança, serviço de estacionamento, alto consumo de energia e encargos trabalhistas maiores, por causa do adicional noturno dos funcionários, entre outros. Os donos de estabelecimentos do gênero também se queixam da falta de mão de obra qualificada.
Um dos ingredientes de prosperidade de uma casa noturna, segundo os consultados pela nossa reportagem, é o conceito. Sócio do grupo GaD, com atuação em Belo Horizonte (MG), Frederico Garzon ressalta que a proposta de um clube é determinante para sua longevidade. “O principal fator é ter conceito. Pensar no formato da casa e acertar. Entender o que as pessoas querem nesse momento. Ou melhor: entender o que elas ainda vão querer e ainda não sabem”, afirma. “Depois de um período inicial muito bom – em que você é novidade -, você tem uma queda e saber segurar e levar as coisas nesse momento é fundamental”, ele explica.
O GaD nasceu em meados dos anos 2000, com o bar Graças a Deus. Atualmente, o grupo possui mais três casas na capital mineira: o CCCP, o Demodée e o Duke ‘n’ Duke.