BLOCOS ECONÔMICOS
O crescimento acelerado das organizações econômicas internacionais e seu fluxo comercial crescente, segundo os neoliberais, indicam que o mundo caminha rapidamente para uma maior liberdade de movimentação de capitais, bens e pessoas. Em verdade, não é bem o que ocorre. Essas organizações estão abrindo suas fronteiras internas, numa aparente atitude liberal, mas fecham mais do que nunca suas fronteiras externas. A União Européia e os Estados Unidos, por exemplo, usam normalmente a prática de subsidiar a agricultura, limitar os investimentos externos e impor cotas de importação, o que é, em verdade, uma política protecionista sob comando do Estado, e não a abertura que os neoliberais defendem.
Há controvérsias sobre o peso e a importância das organizações supranacionais no processo de globalização. Muitos estudiosos apontam que a regionalização com a formação de organizações supranacionais é uma tendência contrária à globalização. Acreditam que os blocos econômicos formam espaços geográficos fechados, dificultando a integração com o resto do mundo. Outros defendem que a regionalização é um primeiro passo em direção à globalização. A derrubada de fronteiras comerciais numa região, mesmo que pequena, é um primeiro passo no sentido de organizar a economia para a concorrência mais ampla, para uma futura inserção na economia globalizada.
Neste final de século, o capitalismo apresenta uma dinâmica da acumulação fortemente internacionalizada tanto sob a forma de capital produtivo quanto financeiro ou comercial.
Nesse sentido, globalização e integração constituem-se em aspectos centrais