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Os críticos da pena capital têm apontado uma série de distorções na maneira como essa punição é aplicada. Conheça algumas delas.
1. RACISMO
Uma comissão de inquérito instituída pelo governador de Illinois, George Ryan, constatou que a raça da vítima é um fator decisivo nos processos por assassinato em que a vítima recebe sentença de morte. Em Illinois, a chance de uma pessoa condenada pela morte de um branco ir para o "corredor da morte" é quatro vezes maior do a de alguém que matou um negro.
No Estado de Maryland, 12 dos 13 detentos que aguardam a execução foram condenados pela morte de brancos.
De acordo com um relatório do Departamento de Justiça, em 75% dos casos em que um promotor pediu a pena de morte entre 1995 e 2000 o réu era integrante de alguma minoria étnica e, em mais da metade das vezes, negro.
Muitas vezes, o racismo se manifesta na seleção dos jurados que vão julgar um réu sujeito a receber a pena de morte. No Estado da Pensilvânia, um juiz anulou a condenação de William Basemore, em 2001, por considerar que o promotor em seu processo, Jack McMahon, cometeu discriminação racial durante a seleção dos integrantes do júri. Todos os 19 jurados em potencial eliminados por ele eram negros. Segundo o juiz, havia "uma estratégia consciente de excluir" jurados negros. O mesmo promotor McMahon tinha sido filmado, na década de 80, ao orientar um grupo de jovens promotores sobre como excluir dos julgamentos certos tipos de jurados negros.
2. FALHAS JUDICIAIS
Entre 1973 e 2001, descobriu-se que 89 prisioneiros no corredor da morte eram inocentes. Nenhum deles chegou a ser executado.
Em Illinois, 12 detentos foram executados entre 1997 e 2000. No mesmo período, outros 13 foram inocentados e libertados. Diante de uma tal proporção de erros judiciais, o governador George Ryan decidiu, em janeiro de 2000, suspender todas as execuções.
Os exames de DNA têm