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Não há sofrimento na Terra que o Céu não possa curar. — Autor desconhecido
Chegaram de volta ao chalé em pouco tempo. Jesus e Sarayu esperavam perto da porta dos fundos. Jesus aliviou Mack gentilmente do fardo e juntos foram à carpintaria onde ele estivera trabalhando. Mack não entrava ali desde que chegara e ficou surpreso com a simplicidade do lugar. A luz, atravessando grandes janelas, captava e refletia o pó de madeira que ainda pairava no ar. As paredes e as bancadas, cobertas com todo tipo de ferramentas, estavam dispostas para facilitar as atividades da carpintaria. Este era claramente o santuário de um mestre artesão.
À frente deles estava o trabalho que Jesus estivera fazendo, uma obra de arte para guardar os restos de Missy. Ao examinar a caixa, Mack reconheceu imediatamente os relevos na madeira.
Detalhes da vida de Missy estavam nela esculpidos. Havia um relevo de Missy com seu gato, Judas, e outro com Mack sentado numa cadeira lendo uma história para ela. Toda a família aparecia em cenas trabalhadas na lateral e em cima: Nan e Missy fazendo bolinhos, a viagem ao lago Wallowa com o teleférico subindo a montanha e até Missy colorindo o livro na mesa do acampamento, com uma representação caprichada do broche de joaninha que o assassino deixara. Havia também um relevo exato de Missy de pé sorrindo e olhando para a cachoeira, ciente de que seu pai estava do outro lado. Entremeados com as cenas estavam as flores e animais prediletos de Missy.
Mack abraçou Jesus e este lhe sussurrou ao ouvido:
— Foi Missy quem ajudou a escolher as cenas.
O abraço de Mack ficou mais forte e demorado.
— Temos o lugar perfeito preparado para o corpo dela — disse
Sarayu, que se aproximara. — Mackenzie, é no nosso jardim.
Com grande cuidado puseram os restos de Missy na caixa, colocando-a num leito de grama e musgo macios, e depois encheram com as flores e especiarias do embrulho de Sarayu.
Fecharam a tampa,