Bisfenol A
Testes conduzidos em uma espécie de camundongo selvagem indicaram novos riscos para o ambiente, e talvez para a saúde, ligados ao bisfenol-A, componente de mamadeiras e de vários outros produtos industrializados.
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O consumo de níveis supostamente seguros da molécula fez com que camundongos machos ficassem com sua capacidade de localização espacial prejudicada.
Pior ainda (para eles): as fêmeas da espécie passaram a esnobá-los, como se soubessem que havia algo de errado com os bichos. Os achados estão na revista "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA, e foram obtidos por Cheryl Rosenberg e seus colegas da Universidade do Missouri.
Os pesquisadores demonstram cautela na hora de relacionar os resultados com possíveis efeitos sobre meninos, mas afirmam que é preciso levá-los em conta e continuar os estudos.
IMITADOR
O bisfenol-A é empregado amplamente por indústrias do mundo todo para a fabricação de plásticos e resinas. Além das mamadeiras, os produtos que contêm bisfenol-A incluem resinas dentárias, lentes de contato, CDs e DVDs e o revestimento interno de latas de refrigerante ou outras bebidas.
O grande problema da molécula e de seus derivados é o fato de o organismo de vertebrados como nós "interpretarem" as substâncias como hormônios sexuais --os mesmos que o corpo produz para gerar as características típicas de cada sexo.
Mas os hormônios sexuais também têm papel importante em uma série de outras dinâmicas do organismo, do sistema imune (de defesa) à capacidade mental, o que sugere uma ampla gama de potenciais problemas ligados à overdose de bisfenol-A.
A questão é saber se esses problemas estão mesmo acontecendo. Por via das dúvidas, há países cogitando barrar total ou parcialmente o uso.
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