Biotecnologia do DNA recombinante
Rafael Almudi Villen
Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia,
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09580-900, São Caetano do Sul, SP.
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INTRODUÇÃO
Várias foram as sugestões apresentadas visando dar uma definição para Biotecnologia. Uma delas, proposta pelo prof. Antônio Paes de Carvalho, é suficiente para alcançar o objetivo de tomar conhecimento do que hoje se entende por Biotecnologia: “o conjunto de conhecimentos técnicos e métodos, de base científica ou prática, que permite a utilização de seres vivos como parte integrante e ativa do processo de produção industrial de bens e serviços”
As várias tentativas de definição existentes mostram nitidamente que se trata, portanto, de um campo de trabalho multidisciplinar, tendo a Biotecnologia por base de ramos de conhecimento que poderiam ser classificados de Fundamentais, ao lado de outros que poderiam ser agrupados sob a designação genérica de Engenharias.
Se é verdade, por um lado, que a Biotecnologia, somente passou a ser considerada altamente prioritária há relativamente pouco tempo, também é verdade, por outro lado, que processos biotecnológicos vêm sendo utilizados desde a mais remota antiguidade.
A utilização em maior escala da chamada Biotecnologia “moderna” teve como ponto de partida a síntese química do DNA (ácido desoxiribonucleico) realizada por Kornberg em 1967, que denominou de “revolução genética” às novas técnicas de manipulação genética: DNA recombinante e hibridoma.
HISTÓRICO
O uso da Biotecnologia teve o seu início com os processos fermentativos, cuja utilização transcende, de muito, o início da era Cristã, confundindo-se com a própria história da humanidade. A produção de bebidas alcoólicas pela fermentação de grãos de cereias já era conhecida pelos sumérios e babilônios antes do ano 6.000 a.C. Mais tarde, por volta do ano 2.000 a. C., os egípcios, que já utilizavam o fermento