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A regência de um verbo é determinada pela relação do mesmo com seu complemento.
Logo, o verbo é o termo regente e o complemento é o termo regido.
Observe os exemplos:
Joana assistiu um paciente no hospital onde trabalha.
Joana assistiu ao jogo da seleção brasileira.
Observe que na primeira oração o verbo assistir é transitivo direto, ou seja, exige complemento (objeto direto) e tem significado aproximado de “prestar assistência”.
Já na segunda oração o verbo “assistir” é transitivo indireto, ou seja, exige complemento, porém precedido de preposição e significa “ver”.
Reger é determinar a flexão de um termo, que neste caso é o complemento, já que o verbo é o termo regente.
Há uma dependência sintática entre regente (verbo) e termo regido (complemento), uma vez que o último completa o sentido do primeiro.
Veja:
Joana comprou uma bolsa para Jussara.
O verbo “comprou” é transitivo direto e pede um complemento:
Joana comprou o que? Uma bolsa (termo regido) para quem? Para Jussara (objeto indireto: precedido da preposição “para”).
Os pronomes pessoais oblíquos o, a, os, as e suas variações la, lo, los, las, no, na, nos, nas são objetos diretos. Já os pronomes lhe, lhes são objetos indiretos.
Exemplos:
Joana disse que iria comprá-la. ( Joana disse que iria comprar. Comprar o que? La (algo, um objeto, o qual pode ser uma bolsa, uma blusa, etc.)
Joana lhe explicou por que não era para comprar. ( Joana explicou. Explicou o que? O motivo pelo qual não era para comprar. Explicou para quem? Lhe (para você: objeto indireto precedido de preposição).
2. O Uso do Lhe
A dúvida sobre o uso do “lhe” é de ordem regencial. Há muitas dúvidas quanto a correta regência verbal. Os verbos são transitivos diretos, indiretos ou intransitivos? Exigem preposição ou não? Possuem objetos diretos ou indiretos?
Vejamos:
- O verbo intransitivo não exige complemento, então dizemos que possui sentido completo. Exemplo: O menino