Bioseguran
Etiologia e Fisiopatologia
A hipertensão arterial que se inicia e termina na gravidez é um grande enigma da obstetrícia. Não se conhece a sua etiologia, apesar de tantos estudos existentes na busca de desvendá-la. Alguns fatores de risco parecem definidos, como é o caso da primiparidade,enquanto outros permanecem aguardando definição. A idade materna é um deles, havendo controvérsia se a gravidez nos extremos do período procriativo eleva os riscos das síndromes hipertensivas (COSTA, H.; COSTA, C.; COSTA, L., 2007).Sua etiologia passa por fatores genéticos e ambientais, dentre estes a nutrição humana. Já é fato cientificamente comprovado que dietas ricas em sódio, aliadas ao baixo consumo de potássio, desencadeiam a hipertensão arterial em indivíduos geneticamente predispostos (SIRIO et al, 2007).
O vasoespasmo generalizado, produto final da fisiopatologia da doença, provoca alterações funcionais e morfológicas em diversos órgãos que se tornam comprometidos, revelando as conseqüências graves desta constricção arteriolar (VAZQUEZ; FORTE; TEDESCO, 2004).
As alterações bioquímicas incluem alterações no sistema de prostaglandinas. Há predominância da ação vasodilatadora por aumento da prostaciclina (PGI2) produzida pelas paredes dos vasos sobre a ação vasocontritora e agregadora plaquetaria do tomboxano(TXA2), normalmente produzido pelas plaquetas. Uma das conseqüências é a vasodilatação generalizada, com diminuição da resistência vascular.os vasos maternos se tornam refratários à infusão de substâncias vasoconstritoras, tais como a angiotensina II. Outras alterações incluem a elevação do volume plasmático e débito cardíaco, alem de modificações do sistema renina-angiotensina-aldosterona, o sistema das cininas e dos fatores de coagulação
(KAHHALE; ZUGAIB, 2000).
Pré Eclâmpsia
Conceitua-se pré-eclâmpsia o aparecimento de hipertensão arterial com proteinúria e/ou edema, devido à gravidez, após a 20a. semana (VAZQUEZ; FORTE;
TEDESCO,