A biorremediação é a técnica que consiste na aplicação de processos biodegradáveis no tratamento de resíduos para recuperar e regenerar ambientes (principalmente água e solo) que sofreram impactos negativos, mantendo o equilíbrio biológico em ecossistemas. Também é chamada de biotecnologia ambiental, por usar, de forma controlada, processos microbiológicos que ocorrem normalmente na natureza para remover poluentes. Especificamente, a biorremediação atua através da introdução de processos biológicos adicionais para a decomposição dos resíduos que favorecem e incrementam a velocidade do processo natural de degradação. A grande maioria dos compostos orgânicos conhecidos, de origem animal ou vegetal, bem como muitos agentes químicos tóxicos, podem ser biodegradáveis através de técnicas de biorremediação. Os microrganismos, agentes da biorremediação, estão presentes em todos os lugares e em populações variáveis. Porém a interferência humana no meio ambiente, particularmente a acumulação de grandes quantidades de resíduos orgânicos e de elementos tóxicos, afeta o equilíbrio ecológico de duas formas: 1. Pode destruir um ou mais elementos da cadeia alimentar, rompendo o equilíbrio entre os organismos. Conseqüentemente, fontes de nutrientes não serão mais recicladas, ocorrendo acumulação de resíduos potencialmente perigosos e proliferação de organismos patogênicos;(que causam doenças) 2. O excesso de resíduos não só destrói o equilíbrio natural em um ecossistema como também leva à destruição de habitats naturais (por exemplo, poluição da água) e coloca em risco a saúde humana. É comum ocorrer em sistemas de tratamento de efluentes desequilíbrios no processo biológico que refletem em conseqüências negativas como: baixa eficiência do tratamento, exalação de odores desagradáveis, acúmulo de sólidos, depósito de gorduras, etc. Os fatores que levam a esse desequilíbrio podem ser