Bioquimica
O estado nutricional de um indivíduo é a resultante do equilíbrio entre os aportes nutricionais e gastos energéticos. Quando o aporte nutricional protéico, energético, de vitaminas ou minerais diminui por diversas causas (hipoalimentação, infecções, diarréias crônicas entre outras), o estado nutricional é prejudicado, devido ao fato de que a eficiência dos processos de imunidade, fagocitose, função respiratória e outras são reduzidos, diminuindo a capacidade do organismo a responder a estas agressões (TÉLLEZ, 1994). Na avaliação do estado nutricional, as determinações bioquímicas são usadas como complemento dos dados de história, exame físico e antropométrico. Na prática clínica, são empregadas determinações urinárias de creatinina, hidroxiprolina e 3-metilhistidina e plasmáticas de aminoácidos, transferrina, albumina, minerais e vitaminas. Essas determinações urinárias visam, em geral, correlacionar um dos compartimentos orgânicos, por exemplo massa muscular magra, com os resultados obtidos. Assim sendo, tanto a creatinina, como a 3-metilhistidina, que são produtos finais do metabolismo protéico, dão uma idéia da massa muscular do indivíduo. A disponibilidade de vitaminas e minerais pelo organismo, também, é avaliada por determinações bioquímicas.
Os indicadores bioquímicos são auxiliares na avaliação do estado nutricional, fornecendo medidas objetivas das alterações do mesmo, tendo como vantagem, possibilitar seguimento ao longo do tempo e de intervenções nutricionais. A diminuição da concentração sérica das proteínas de prevalente síntese hepática pode ser um bom índice de desnutrição protéico-energética. É importante, porém, considerar que existem numerosos fatores, além dos nutricionais, que podem modificar a concentração das proteínas séricas (variações do estado de hidratação, hepatopatias, aumento do catabolismo, infecção ou inflamação), não se devendo utilizar o método