bioquimica
Através dos alimentos que ingerimos obtemos macromoléculas que vamos metabolizar de forma a poderem ser utilizadas pelo organismo como lípidos, proteínas, fibras e glúcidos. De origem alimentar obtemos dois polissacarídeos: o amido de origem vegetal e o glicogénio de origem animal. O amido é constituído por amilose (um polímero linear de glucose com ligações α-1,4) e por amilopectina (um polímero ramificado de glucose também com ligações α-1,4 e α-1,6 nos pontos de ramificação). O glicogénio tem estrutura igual à da amilopectina apenas com mais ramificações. A digestão daqueles começa na boca através da homogeneização que ocorre pela mastigação e pela acção da α-amilase salivar que hidrolisa as ligações glicosídicas α-1,4 dos polissacarídeos (este processo é rápido pois ao passar para o estômago o pH ácido desnatura a enzima). Já no estômago, o bolo alimentar vai ser sujeito ao suco gástrico de pH muito ácido devido à presença de HCl que activa o pepsinogénio a pepsina, enzima responsável pela digestão das proteínas. No entanto, a maior parte da digestão é feita no intestino delgado pela acção do suco pancreático e sais biliares que são lançados no lúmen do duodeno. Os sais biliares tem acção detergente, emulsificando ou emulsionando os lípidos. O suco pancreático contém grandes quantidades de bicarbonato de sódio e enzimas como a amilase pancreática, tripsina e lipase. A lipase hidrolisa os triacilgliceróis originando glicerol e álcool; a tripsina hidrolisa polipeptídeos transformando-os em oligopeptídeos. A amilase pancreática fragmenta o amido, pela quebra das ligações α-1,4 permanecendo as ligações α-1,6 e as ligações α-1,4 adjacentes às α-1,6 intactas, formando-se maltose, glucose e dextrinas (oligossacarídeos cuja ligação α-1,6 não foi hidrolisada). A enzima α-1,6-glucosidase, presente no jejuno, é responsável pela quebra das ligações α-1,6 das dextrinas formando-se glucose e maltose. As enzimas