biomedicina
O exame citopatológico cérvico-vaginal consiste na análise microscópica de material coletado do colo do útero e da vagina, fixado em lâmina e corado, preferencialmente, pela técnica de Papanicolau.
Após colocação do especulo vaginal, sem lubrificante, expomos a cérvice e os respectivos fundos de sacos. A colheita das secreções do fundo de saco vaginal posterior, da ectocérvice e da endocérvice se faz com uma espátula de madeira e uma escova plástica. As secreções obtidas contêm células descamadas das mucosas cervicais e vaginais, muco, leucócitos, macrófagos e detritos celulares necróticos em vias de eliminação.
O material colhido deve ser espalhado sobre uma lâmina e colocado rapidamente em uma solução fixadora, preferencialmente, o álcool absoluto.
A lâmina deverá ser identificada no momento da colheita e anexada à ficha da paciente, corretamente preenchida. A identificação deverá ser feita colocando-se o número do exame, as iniciais do nome da paciente e a data da colheita na extremidade fosca da lâmina, com lápis de grafite.
Após a correta colheita do material, seu espalhamento adequado, sua fixação na lâmina e coloração apropriada, a leitura seguirá regras bem estabelecidas. A varredura da lâmina deve ser sistemática para evitar a perda de área do esfregaço.
Segundo Silva Filho (op. cit. p. 77), o conteúdo cérvico-vaginal normal está constituído, fundamentalmente, de células epiteliais descamadas, detritos celulares, muco e flora bacteriana, representada, sobretudo, pelos lactobacilos. Predominam as células escamosas vaginais, e as células colunares de origem endocervical encontram-se em pequeno número. No período menstrual, podem estar presentes as células endometriais e, excepcionalmente, células da mucosa tubária.
O útero é composto de dois compartimentos principais: o corpo e o colo. O corpo uterino consiste de endométrio e miométrio. O endométrio é importante para a avaliação na