Biomedica
REPRODUÇÃO
Diário Oficial Poder Executivo - Seção I
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Autópsia virtual de D.Pedro I (vista lateral)
A autópsia já pode ser virtual
D
iante da morte de um paciente, se o médico não assinar o atestado de óbito, o corpo pode ser enviado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO), vinculado à Reitoria da USP, considerado o maior serviço de autópsia médica do mundo e único no Brasil. Imagine que em vez de retalhar o cadáver, o diagnóstico obtido viria de exames de imagem. O procedimento seria mais rápido do que o convencional, mais barato, menos agressivo e mais confortante à família.
FMUSP
Estudar restos mortais para entender doenças, esse é o objetivo da FMUSP na pesquisa que alia autópsia com exames de imagem
Essa já é uma realidade na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). A autópsia virtual é uma das frentes de um projeto amplo e ambicioso que começou em 2009 e envolve todos os departamentos da faculdade (19). Os pesquisadores das diversas áreas (como radiologia, patologia, clínica médica) encabeçam 25 projetos de pesquisa, dos quais oito são na área de radiologia. Usando tomografia computadorizada e ressonância magnética, até agora os pesquisadores realizaram 54 autópsias virtuais, mas a meta é analisar mil corpos nos próximos dois anos. “Nossa proposta é gerar conhecimento a diversas especialidades médicas a partir da comparação das duas técnicas de análise dos corpos (a convencional e a virtual). Os estudos também beneficiam alunos de medicina e pacientes”, informa o professor de patologia da FMUSP, Paulo Saldiva, também especialista em poluição atmosférica.
CLEO VELLEDA
Autópsia virtual utiliza imagens obtidas em ressonância e tomografia
Contribuição histórica – Com o apoio da FMUSP, a tecnologia foi utilizada para produzir teses de mestrado, entre elas a da historiadora e arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel. Ela exumou os restos mortais de dom Pedro I e