Biomaterais liberadores de fármacos controlados

Biomaterais liberadores de fármacos controlados.
É comum distinguir dois tipos de implantes degradáveis: estruturas de suporte temporárias e sistemas de libertação controlada de fármacos. Na liberação controlada de fármacos, o biomaterial degradável serve como transportador que desaparece tão rapidamente quanto necessário, logo após a liberação do princípio ativo farmacológico.
O Sistema ou dispositivo de liberação de fármaco é definido como uma formulação ou um dispositivo que permite a liberação de uma substância terapêutica no corpo de uma maneira controlada ou retardada em um local específico. Existem dois tipos principais de dispositivos para liberação controlada de fármacos: o Monolítico (ou matriz) e o Reservatório.
Nos dispositivos do tipo monolítico, o fármaco encontra-se distribuído homogeneamente ou solubilizado na matriz polimérica. Tais dispositivos podem ser empregados em diversas formas farmacêuticas como comprimidos, cápsulas gelatinosas, grânulos, sistemas trans-dérmicos, implantes, entre outros.
Já os sistemas do tipo reservatório são dispositivos no qual o fármaco, no estado líquido ou sólido, encontra-se em um núcleo isolado do meio externo por uma capa ou membrana, geralmente polimérica. Neste tipo de sistema, a concentração de saturação do fármaco no interior do dispositivo é essencial para manter um gradiente de concentração constante através da membrana. O mecanismo de transporte do fármaco através da membrana é controlado por difusão e depende da solubilidade do fármaco, da afinidade química entre o fármaco e a matriz polimérica, do caráter hidrofílico da matriz polimérica e da microestrutura.
A utilização de sistemas para liberação prolongada ou controlada de fármacos possui como maiores atrativos uma manutenção de concentrações mais constantes dos medicamentos e redução no teor de fármacos no organismo, reduzindo assim os efeitos colaterais. Existe ainda a possibilidade destes biomateriais incorporarem substâncias, promovendo dessa