, que estava lá jogado em cima da cama paralisado, enquanto pelo seu tornozelo uma sombra, ao pé da cama, o balançava à medida que lhe fazia uma proposta, ele, exausto, preso eu seu próprio corpo e com uma sensação de que estava sendo esmagado, gritava mentalmente “NÃOOO”, e foi assim que essa noite se alongou, até que, já não aguentando mais aquela agonia, escutou a sombra pergunta-lo novamente: “conversa comigo?”, dessa vez ele não fez objeção e disse-lhe: “SIM”. Depois do “SIM” a sombra desapareceu e ele, dessa vez mais assustado que das outras noites, voltara ao controle de seu corpo e como de costume pegara o celular para escutar algumas músicas, colocava-as bem baixinho para não acordar aos irmãos que dormiam pesadamente no mesmo quarto. Escutar músicas sempre o tranquilizava, mas dessa vez não seria tão fácil assim, pois aquela pergunta, feita varias vezes, não saíra de sua cabeça, enquanto outras surgiam em cima desta. No dia seguinte, sem ter contado para ninguém sobre o que acontecera naquela noite, ele continuava a imaginar e a questionar-se o que tudo aquilo queria dizer, já que nas outras noites o que acontecia era simplesmente, mas não menos assustador tão pouco menos torturante, o mesmo fenômeno, exceto pela presença da sombra a puxa-lo o tornozelo. No entanto, após a terrível noite que se passara nada mais do tipo tinha lhe ocorrido, e isso era o que lhe deixava mais assustado! Porque não sabia o por quê do fim de uma tortuosa e assustadora rotina e, principalmente, porque havia dito para a sombra o que ela queria. E assim o tempo foi passando, ele de vez em quando se lembrava daquela noite, mas já sem nenhuma preocupação; até que um dia percebeu algo de estranho em algumas pessoas, alguns chamam de aura, ele não sabia bem o que isso queria dizer, mas via que uma luz negra exalava de algumas pessoas, não era tanta luz assim, na verdade, era quase imperceptível, mas por qual motivo não se sabe, ele conseguia vê-la. Se esta luz