O ciclo de vida dos invertebrados da Serra do Japi, entre eles borboletas, besouros e aranhas, está diretamente ligado à sazonalidade do clima da região. O período de atividade desses animais é o verão. Nessa época, há uma grande abundância de lagartas (larvas de borboletas e mariposas), que servem de alimento para uma série de outros animais. É também nessa época que eles se reproduzem, e foi observado que fêmeas de borboletas, mariposas e mosquitos escolhem as melhores plantas para colocar seus ovos. Há pequenas moscas que colocam seus ovos na cabeça de formigas lava-pé, sendo que as moscas maiores escolhem formigas também maiores. Entre os insetos da Serra, alguns usam a camuflagem para se confundir com o ambiente e escapar de seus predadores. Outros anunciam sua toxicidade através de cores berrantes e são imitados por insetos não tóxicos, que assim enganam seus predadores. O ciclo anual dos invertebrados da Serra do Japi está diretamente relacionado à sazonalidade tanto do clima quanto da disponibilidade de recursos alimentares. Em geral, a reprodução ocorre na estação quente e úmida (outubro a março), à qual se segue um período de diapausa, até o verão seguinte. Esse padrão foi observado nas borboletas, besouros e aranhas da Serra, apesar de nas aranhas não ter sido observada diapausa. Brown Jr. (1992) registrou a ocorrência das famílias de borboletas Hesperiidae, Papilionidae, Pieridae, Lycaenidae, Nymphalidae e Libytheidae, sendo que desta última, apenas uma espécie, Libytheana carinenta, foi registrada. Das 652 espécies registradas, 404 pertencem às famílias Lycaenidae e Hesperiidae. Os primeiros indivíduos a emergirem das pupas com as primeiras chuvas de setembro são das famílias Papilionidae e Pieridae, que colocam seus ovos em plantas-hospedeiras das famílias Lauraceae, Annonaceae, Rutaceae, Piperaceae e Leguminosae. Desses ovos eclodem lagartas que dão origem à segunda geração de adultos nessa mesma estação. O pico de abundância dessas famílias ocorre