Biologia
jan-abr
2009
CEMOrOC-Feusp / IJI-Universidade do Porto
A Academia de Platão e a Matriz das Academias Modernas
Profa. Dra. Maria Luísa Malato
Univ. do Porto ILC-ML
POCTI/ELT/46201/2002
RESUMO: Partindo das múltiplas definições de ―Academia‖, se busca aqui uma raiz comum: a Academia fundada por Platão, no jardim de Akademos. A Academia (a de Platão coma as da
Idade Moderna que a procuram imitar) é aqui apercebida não como uma instituição passiva, mas como uma estratégia activa, insatisfeita com o poder político, ainda que muitas vezes por ele usada. É a essa raiz, afinal, que todas as academias devem permanecer fiéis.
PALAVRAS-CHAVE: Academia, Platão, Símbolo, Utopia
ABSTRACT: It‘s known the polysemic sense of the word ―Academy‖. We will try to understand how those several branches can be explained by a common root: the Academy founded by Plato, in Akademos‘ garden. The Academy (Plato‘s Academy and the Academies of the Modern Age, in general) is studied, not as a passive institution but an active strategy, unsatisfied with the political power, although often used by it. And it‘s that root, in brief, that academies must be faithful.
KEYWORDS: Academy, Plato, Symbol, Utopia
Devemos nós acreditar no preceito de Nietzsche segundo o qual o que tem história não tem uma definição? É que a crer nele nos seria impossível definir o assunto deste artigo : a academia. Responderíamos, quando muito, nesta guerra de citações e lugares-comuns, parafraseando Santo Agostinho. Se não nos perguntarem o que é uma academia, sabemos bem do que se trata: uma sociedade ou escola especializada numa determinada actividade, podendo ter por função o conhecimento sobre uma matéria, e a sua divulgação e controle. Se nos perguntarem o que é uma academia, na verdade, nada disto nos basta.
Se tem todas estas características, quantas academias poderiam efectivamente usar desse nome? Até que ponto se pode ela dividir entre as suas funções especulativas e pragmáticas? Como pode