biologia
Essa doença é causada pelo vírus Grapevine fleck virus (GFkV) e conhecida na maioria dos países vitícolas do mundo, inclusive no Brasil. Tendo em vista sua alta ocorrência e por ser latente em praticamente todas as cultivares de produtoras e de porta-enxertos, essa virose faz parte dos programas de seleção sanitária da maioria dos países vitícolas.
Sintomas: Os sintomas da doença são característicos nas folhas novas do porta-enxerto Rupestris du Lot (Figura 6), e com menos intensidade em Kober 5BB, evidenciando-se como manchas translúcidas, sem forma definida, que acompanham as nervuras. As plantas muito afetadas são menos desenvolvidas e podem apresentar as folhas com os bordos voltados para cima. Nas demais cultivares comerciais, o vírus ocorre de forma latente.
Transmissão: O vírus é disseminado pelo material propagativo infectado e pela enxertia. Não há constatação de contaminação de plantas por meio de ferramentas.
Enrolamento da folha
Embora nas cultivares viníferas esta virose cause sérios prejuízos, em cultivares americanas ou híbridas, por apresentarem maior tolerância, os efeitos negativos da doença são menos pronunciados, mesmo assim, podem causar perdas consideráveis na produção, afetando, inclusive, o teor de sólidos solúveis e a acidez titulável do mosto. A doença do enrolamento da folha é causada por um complexo de oito vírus (Grapevine leafroll-associated virus, GLRaV), embora cada um dos vírus do complexo possa ocorrer de forma isolada. No Brasil, já foram detectados os vírus GLRaV-1 e -3 e, mais recentemente, o GLRaV-2 em vinhedos paulistas.
Sintomas: Ao contrário do que se verifica em relação às viníferas infectadas, onde os bordos das folhas enrolam para baixo (Figura 1), as videiras americanas e híbridas não mostram os sintomas característicos da doença. Pode ser observado, em cultivares como Niágara Branca, Niágara Rosada e Concord, leve enrolamento e, às vezes, "queimadura"