Introdução Por adaptação entende-se a possível harmonia entre o organismo e o meio. Quando as plantas estão naturalmente ajustadas às condições ambientais, todas as características estruturais e funcionais capazes de atenderem a tal ajustamento serão adaptativas (Rizzini 1997). Segundo a definição de Combes, adaptação é o conjunto de modificações provocadas na constituição de um organismo pela ação contínua de um meio diferente daquele onde, inicialmente, este se desenvolveu ou seus ascendentes. Conforme Rizzini, os fatores morfogenéticos são aqueles que influenciam a forma e a estrutura dos vegetais. São, portanto, condições de clima e de solo capazes de determinarem ou modificarem, mais ou menos visivelmente, a organização vegetal. Embora para cada ser vivo haja um padrão de desenvolvimento estabelecido e comandado pelo seu patrimônio genético (genótipo), os fatores abióticos atuam sobre os genes, modificando a sua expressão em vários sentidos. Durante a história evolutiva das plantas, diversas alterações ambientais drásticas ocorreram no ambiente, isso direcionou o desenvolvimento de caracteres adaptativos a essas novas condições, eliminando as plantas que não apresentavam características adaptadas a elas (Raven et al. 1996). Por força da seleção natural esses caracteres adaptativos foram fixados geneticamente, de maneira que a forma atual é o produto final da interação genótipo-ambiente, que a evolução apresentou nos habitats naturais. O resultado da adaptação fixada no genótipo é tão bem definido que pequenas variações no ambiente não irão modificar o fenótipo da planta, como, por exemplo, os exemplares da família Cactaceae que apresentam folhas transformadas em espinhos, independente do ambiente em que se desenvolvem. Na atualidade, em alguns casos e dependendo do ambiente em que ocorram, as plantas estão mais expostas a modificações por fatores de desenvolvimento ou ambientais do que outras mais estáveis. Há genótipos com maior ou menor grau de