Biologia
GENTILEZA DO PROF. ÉLIO
O homem que calculava, de Malba Tahan
O homem que calculava, de Malba Tahan (pseudônimo do professor Júlio César de Mello e Souza), narra a história de Beremiz Samir, um viajante persa com o dom intuitivo da matemática, manejando os números com a facilidade de um ilusionista. Problemas aparentemente sem solução tornam-se de uma transparente simplicidade quando expostos a ele. Gráficos facilitam ainda mais a leitura do livro.
As aventuras deste viajante tornaram-se lendárias na antiga Arábia, encantando reis, poetas, xeques e sábios.
A matemática recreativa apresentada no livro é, certamente, menos dolorosa que a fria e doutoral ensinada nos colégios. Malba Tahan conseguiu realizar quase que um milagre, uma mágica: unir ciência e ficção e acertar. Seu talento e sua prodigiosa imaginação são capazes de criar personagens e situações de grande apelo popular.
Apesar do moralismo que perpassa as páginas, declarando o caráter explicitamente educativo, feito de intenções edificantes, o valor de O homem que calculava não se estreita por tais intenções, sendo capaz não só de segurar o leitor pelos ingredientes criativos na trama e pelo domínio narrativo, mas, principalmente, pela força da personagem principal. Através desse homem prodigioso, brilhante, capaz de incríveis malabarismos mentais e de serena sabedoria, Malba Tahan demonstra a beleza da matemática, a poesia dos números.
O autor constata a singularidade da lógica, dos cálculos, das operações matemáticas para as mais diferentes pessoas: do mais simples mercador, a reis, teólogo, cientista, historiador, poeta... Ele dá à Matemática proporções criativas e finalidades elevadas, porque faz crer que ela está no projeto da Criação e na mágica do espírito humano (poder do pensamento). Com ela, diz Beremiz (o homem que calculava): Conto os versos de um poema, calculo a altura de uma estrela, avalio o número de franjas, meço a área de um país, ou a força de uma