biologia
Cristina Maria Cordas
Licenciada em Química, ramo Científico (FCUL)
Mestre em Electroquímica Aplicada, Electroanálise (FCUL)
Pós-Graduanda em Segurança e Higiene do Trabalho (ISLA-Lisboa)
Doutoranda em Bioquímica Física (FCT-UNL)
Investigadora
O rápido desenvolvimento tecnológico permitiu grandes avanços no campo da medicina e, consequentemente, uma significativa melhoria da qualidade e aumento da esperança de vida da população. O conhecimento dos mecanismos fisiológicos possibilitou o desenvolvimento e aperfeiçoamento de biomateriais, presentemente utilizados por milhões de pessoas e cujo objectivo é substituir ou restaurar funções de tecidos danificados ou doentes. A diversidade de aplicações destes materiais compreende desde implantes dentários ou de articulações, como o joelho, placas e parafusos ortopédicos, até válvulas cardíacas, lentes de contacto, aparelhos intrauterinos, fios de sutura, enchimentos para cirurgia plástica, entre outros [1].
No caso específico dos implantes ortopédicos, nos Estados Unidos, eram utilizados anualmente, no princípio da década de 90, mais de 300.000 implantes de joelhos e anca e de 100.000 a 300.000 implantes dentários [2], estimando-se que cerca de 90% da população americana acima dos 40 anos sofra, em algum grau, de uma doença degenerativa das articulações [3].
Entre as características que um biomaterial deve apresentar salienta-se a necessidade de ter um comportamento mecânico adequado à função que desempenha, ser inerte do ponto de vista químico e biocompatível com o organismo. De uma forma resumida, pode definir-se um biomaterial compatível como aquele que não influencia negativamente o seu ambiente biológico, ou seja, não deverão ser observadas reacções tóxicas, alérgicas ou carcinogénicas. As propriedades físicas do material não deverão ser afectadas durante a sua utilização in vivo [4]. A resistência à corrosão e degradação está