Biologia

1. Introdução
Até agora, você conheceu casos em que os fenótipos eram descontínuos, ou seja, os fenótipos eram, por exemplo, verde ou amarelo, branco ou preto. Não havia uma gradação entre eles. Existem, entretanto, certas variações feno típicas que são contínuas. Se você medir a altura dos indivíduos de sua escola que têm a mesma idade, notará a existência de uma variação na altura deles. Você observará que entre os indivíduos baixos e os altos há toda uma gradação de estaturas possíveis.
Colocando-se em um gráfico a distribuição dos fenótipos em função do número de indivíduos, obtém-se uma curva de distribuição normal:
N2 de indivíduos

A

B

Variação fenotípica

Os pontos A e B indicam que poucos indivíduos apresentam aquela variação fenotípica, havendo, entre esses extremos, uma variação contínua de fenótipos e maior número de indivíduos com fenótipos intermediários.

Esquema representando a curva de distribuição normal para o caráter estatura dos indivíduos.
Há maior número de indíviduos com estaturas intermediárias e menor número com estaturas extremas. Esses são casos em que ocorre um tipo de interação gênica denominada herança quantitativa ou herança poligêniea ou poligenia ou ainda herança multifatorial. Neste tipo de herança, dependendo do número de genes que estão atuando, obtém-se maior ou menor variação feno típica, sempre contínua. É a poligenia que explica a maior parte das variações fenotípicas observadas nas populações.
Nos casos de herança quantitativa, não se fala em dominância. O que realmente importa é o número de genes que contribuem para a modificação do fenótipo. Esses são chamados de genes efetivos e contribuem com uma parcela igual para a modificação do fenótipo, sendo representados por letra maiúscula. Além deles, há os genes não-efetivos, que não influem na modificação do

Capo 9 - Heran!a

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Quantitativa

fenótipo e são representados por letra minúscula. Os genes que