Biologia
A delimitação da saúde e doença mental está condicionada a padrões da sociedade onde o doente é inserido.
Diante da história apresentada temos a idéia de dois casos de sintomas idênticos com tratamentos diferenciados.
O primeiro caso da moça pobre Madeleine,mostra claramente o preconceito contra a classe pobre e preconceito religioso onde naquele século os doentes mentais eram tratados como bichos,ficavam atrás das grades,eram isolados do convívio da sociedade e que agravava o quadro dos doentes.
O segundo caso de Ramakrishna,o Hindu,difere da época,mas fica claro do poder da sociedade nas crenças e comportamentos,onde em um país as visões alucinatórias,paradas respiratórias e sensações de êxtase são considerados espíritos de uma pessoa iluminada e o misticismo predomina não havendo a necessidade de intervenção médica.
Diante destes casos mostra-se claramente a necessidade do entendimento antropológico e sociológico do indivíduo como um ser integral no tratamento indicado.È que um fator primordial em qualquer tratamento é a escuta atenta das queixas existentes,a busca de histórias retrógradas de insatisfações pessoais do indivíduo,o convívio desta pessoa na sociedade,depoimentos familiares,onde o profissional poderá formar um diagnóstico e indicação de um tratamento digno onde não existam grades,algemas,eletrochoque e que o louco seja tratado com um tratamento humanizado,respeitando seus limites,não esquecendo que mesmo com sintomas claros,o indivíduo tem seus medos,desejos e ansiedades que precisam ser respeitados.
A história contada por Catherine Clément e Sadhir Kakar,nos mostra a questão da plasticidade dos sintomas psicóticos.Fica evidente que Madeleine e Ramakrishna possuíam a mesma doença mental,mas os sintomas eram tratados de formas diferentes,pois ela viveu em época e em lugar onde era tratada como louca,já que vivia em uma cultura onde esses fenômenos eram dados como místicos.
È preciso admitir a variabilidade ou