Antibióticos 1. Conceito: Segundo WAKSMAN (1942), os antibióticos (AB.) podem ser classificados como substâncias muito dessemelhantes entre si quimicamente, produzidos originalmente pelo metabolismo de certas espécies de fungos (griseofulvina, penicilina), bactérias (polimixina B, bacitracina), microspora (gentamicina) e streptomices (estreptomicina) , tendo como propriedade comum a atividade bactericida (inativação de todos microorganismos) ou bacteriostática (controle do crescimento bacteriano) em condições propícias, em germes sensíveis. São drogas utilizadas no tratamento de doenças infecciosas, assim como os quimioterápicos que, de acordo com EHRLICH (1913), são drogas que apresentam toxidade apenas para o microorganismo invasor, resguardando a integridade do paciente. 2. Histórico: FLEMING (1928) contribuiu valorosamente com o primeiro componente através da contaminação acidental de uma colônia de estafilococos que foi lisada pelo Penicilium notatum. Em 1941 FLOREY, CHAIM et cols. iniciaram a utilização experimental desta substância no tratamento de processos infecciosos em seres humanos. Atualmente a maioria dos antibióticos são produzidos sinteticamente , alguns podem ser totalmente sintéticos (cloranfenicol) enquanto outros, parcialmente sintéticos (penicilinas semi sintéticas). PASTEUR (1877) observou que algumas colônias eram capazes de produzir substâncias antagônicas a outros microorganismos. Dentre os agentes antimicrobianos (desinfetantes, compostos fenílicos, iodados e outros) utilizados nos primórdios da humanidade, muitos apresentavam elevada toxidade relativa ao paciente, isto foi o que motivou os pesquisadores a desenvolverem drogas com propriedades mais seletivas e de menor toxidade ao paciente. 3. Características de um Antibiótico Ideal:
3.1. Possuir ação antibacteriana seletiva e potente sobre extensa gama de microorganismos.
3.2. Ser bactericida
3.3. Exercer sua atividade antibacteriana na presença de líquidos ou exudatos