Biografia Pascal
O pai de Pascal, Étienne, era um magistrado da "nobreza de toga" francesa em Clermont, isto é, pertencia à rica burguesia que conquistara postos públicos de destaque. Tinha vastos interesses culturais e era inclinado aos estudos científicos e matemáticos.
Quando Blaise tinha 3 anos, ficou órfão de mãe. O pai decidiu abandonar a carreira jurídica e se dedicar à educação do filho. Mudou-se para Paris, com o menino e as duas filhas. Na capital francesa entrou em contato com cientistas e matemáticos e Blaise o acompanhava nessas reuniões. Mas Étienne havia decidido que o filho não estudaria latim antes dos 12 anos, nem matemática antes de completar os 15 anos.
Para isso, tirou de casa todos os textos matemáticos. Mas o menino era curioso e começou a estudar Geometria sozinho, aos 12 anos. Ele descobriu que a soma dos ângulos de um triângulo era igual a dois ângulos retos: era a 32ª proposição de Euclides. Quando seu pai tomou conhecimento disso, desistiu da idéia inicial e deu a Blaise o livro "Os Elementos", de Euclides.
Pascal continuou a se revelar precoce.
Aos 19 anos, vivendo com a família em Rouen, inventou a máquina aritmética, uma calculadora mecânica, que permitia a qualquer um somar, subtrair, dividir e multiplicar - sem saber aritmética. Levou dois anos para produzir a máquina, trabalhando com artesãos. Seu objetivo era ajudar o pai, que na época trabalhava como coletor de impostos.
Blaise Pascal tinha completado 23 anos quando conheceu dois religiosos ligados ao jansenismo. Tratava-se de um movimento religioso que tentava restaurar a intensidade da fé católica e uma disciplina religiosa severa, a "perfeição da moral cristã" dos primeiros séculos do cristianismo.
Esse encontro teve resultados na formação do jovem Pascal, que se tornou profundamente religioso. Foi nessa época que tomou