Biografia de Pitágoras
Pitágoras nasceu por volta de 565 a.C. na ilha grega de Samos, leste do mar Egeu. O pai seria um rico gravador e mercador local chamado Mnesarcos, mas outras fontes insistem que era filho de Apolo, o antigo deus grego da música, poesia e dança. Pitágoras cresceu no começo da idade de ouro da cultura grega antiga. Na Acrópole de Atenas eram construídos os primeiros templos de mármore e começavam a surgir os primeiros filósofos em Mileto, na Ásia Menor (hoje Turquia). Um desses primeiros filósofos, Anaximandro, viria a ser professor de Pitágoras. Anaximandro acreditava que o mundo consistia em uma substância fundamental. Que não era nenhum elemento conhecido, como a água por exemplo. Anaximandro chamou-a de “o Ilimitado” (apeiron), descrevendo-a como infinita, atemporal e indestrutível. Isso carrega mais do que uma semelhança passageira com o conceito de número de Pitágoras. Cada momento tem o seu homem. Anaximandro parece ter sido o professor ideal para o gênio fundador da cultura ocidental. Pitágoras teve outro professor conhecido: Ferécidas. Ao passo que Anaximando desempenhou o papel do menino-prodígio, Ferécidas foi, decididamente, um feiticeiro da primitiva internet filosófica, consideram-no o inventor da doutrina da metempsicose (a transmigração das almas). De acordo com essa doutrina, depois da morte a alma passa a viver em outro corpo — em estágio superior ou inferior da escala, dependendo do comportamento recente.
Esse corpo pode ser humano, animal ou, em casos graves, até vegetal. O objetivo da alma deveria ser comportar-se o melhor possível. Pitágoras pegou a idéia da metempsicose, com mais um punhado de mágicas, do filósofo fabulista Ferécidas. Parece que Pitágoras recebeu essas idéias com o ceticismo da juventude, mas elas foram sem dúvida absorvidas e ficaram adormecidas em sua mente. Pois, segundo ninguém menos que Aristóteles, Pitágoras “primeiro trabalhou com a matemática e a aritmética e, depois, em certa época,