Biografia de Carlos Lyra
Nasceu no bairro de Botafogo, Rio de Janeiro. Filho mais velho de José Domingos Barbosa, oficial de marinha, e de Helena Lyra Barbosa. Irmão de Sérgio Henrique Lyra Barbosa (oficial de marinha) e de Maria Helena Lyra Fialho (professora de artes cênicas). Começou a fazer música com um piano de brinquedo aos sete anos de idade, passando, em seguida, para a gaita de boca. Ainda adolescente, quebrou a perna num campeonato de salto à distância. O acidente lhe obrigou a um repouso na cama durante seis meses. Para passar o tempo, foi-lhe oferecido um violão e o Método Paraguaçu. Ao receber alta do médico, já dominava o instrumento. Estudou no Colégio Santo Inácio, foi semi-interno no Colégio São Bento e concluiu o antigo segundo grau no Colégio Mallet Soares, em Copacabana, onde conheceu o compositor Roberto Menescal, com quem montou a primeira Academia de Violão, por onde passaram Marcos Valle, Edu Lobo, Nara Leão e Wanda Sá, entre outros. Participou da primeira geração da Bossa Nova junto com seu parceiro Ronaldo Bôscoli, os também parceiros Tom Jobim e Vinícius de Moraes e o intérprete João Gilberto, todos representados no LP "Chega de Saudade", lançado em 1959. Saiu do Brasil em 1964, só retornando em 1971. Casou-se com a atriz e modelo norte-americana Katherine (Kate) Lyra, na Cidade do México em 1969, com quem tem uma única filha, Kay Lyra, cantora popular de formação clássica.
Herói do Medo
Carlos Lyra
A música foi proibida pela censura, que se sentiu incomodada com as palavras "odeio a mãe por ter parido" e "o passatempo estéril dos covardes". Carlos Lyra se recusou a alterar o conteúdo da letra e saiu do País, preferindo o exílio. As canções do LP, liberadas em 1975, quase não tocaram nas rádios e acabaram esquecidas.
Herói do medo, não tenho medo
Do próprio medo que me torna herói
Com minhas regras eu faço o jogo
E logro um único parceiro: eu
Eu sou o primeiro e sou o último
Mas não