Biografia Da Autora
Florbela Espanca nasceu em Vila Viçosa (Alentejo) a 8 de dezembro de 1894.
A certidão de batismo indica que é filha de pai incógnito e filha natural de Antónia da Conceição Lobo. Foi batizada com o nome de Flor Bela Lobo (heterónimo).
Faleceu a 1930 em Matosinhos.
Licenciou-se em 1917 na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, sendo das 1ªs mulheres a tirar o curso superior.
A relação entre Florbela e o seu pai era muito complicada, marcada pela ausência da mãe biológica que praticamente nunca conhecia, crescendo só com o pai João Espanca, a madrasta Mariana Inglesa e o irmão Apeles Espanca.
Apeles Espanca nasceu em 10 de Março 1897, três anos depois do nascimento de Florbela e como ela foi, também, registado como o filho de Antónia da Conceição Lobo e pai incógnito. Desde a infância Apeles era uma pessoa próxima de Florbela.
Os irmãos trocaram muitas cartas entre si, cartas íntimas.
A relação entre Florbela e Apeles era tão íntima que deu origem às polémicas sobre incesto.
Em 1927, Apeles decide tirar o curso de piloto-aviador, e o desequilíbrio instala-se quando, a 6 de Junho, Apeles falece, vítima da queda, no Tejo, do hidro-avião que pilotava. O facto mais interessante é que Florbela vai guardar dois destroços do avião que encontra.
É o maior choque da vida da poetisa, logo no momento em que se começava a adaptar à família do terceiro marido. Desse violentíssimo choque resulta um agravamento da doença de Florbela, que nunca mais é a mesma. Após a morte de Apeles Florbela começa a escrever prosa.
2ª ESTROFE:
Nesta estrofe verifica-se uma oscilação entre a ausência do amor que não existe atualmente e a presença do amor existente nas suas lembranças, ou seja, as saudades.
A autora introduz a estrofe com uma pergunta retórica " Para quê?", mostrando que esquecer certos acontecimentos é uma ação inútil no que diz respeito ao romantismo. A palavra Amor, escrita em letra maiúscula é uma personificação de um termo