bioetica1
FACULDADE CATÓLICA DE ANÁPOLIS
CURSO DE EXTENSÃO EM BIOÉTICA
A VIDA
Vida é a capacidade de ação imanente (ou movimento imanente, segundo definição clássica). Os entes vivos, ao contrário dos brutos, são causa e fim da própria ação. Suas operações (nutrição, crescimento, reprodução, locomoção, sensação, intelecção, volição) tendem a aperfeiçoar o próprio sujeito. É próprio dos entes vivos:
1. A individualidade: O ente vivo é um indivíduo, ou seja, é “indiviso em si e dividido dos outros” (indivisum in se, et a quodlibet alio ente divisum). É “indiviso em si” porque tem uma unidade intrínseca. Suas partes estão coordenadas entre si, de modo que ele não pode ser dividido sem perecer. É “dividido dos outros” porque se conserva separado do meio ambiente, com o qual interage, trocando matéria e energia.
2. O autocontrole: O ente vivo controla a si mesmo e tende manter-se estável diante das mudanças do ambiente. Essa tendência à estabilidade (por exemplo, a manutenção de uma mesma temperatura do organismo, qualquer que seja a temperatura externa) é chamada homeostase.
3. A excitabilidade: O ente vivo reage aos estímulos do ambiente. Esses estímulos podem ser de diversas naturezas e origens: choques mecânicos, calor, luz, som, eletricidade, concentração de substâncias químicas...
4. A tendência evolutiva: Enquanto os entes brutos tendem a se corromper com o tempo, os entes vivos tendem a evoluir, mediante a nutrição e o crescimento.
Desenvolvem-se sem perder a própria identidade. O zigoto, o embrião, o feto, o recémnascido, o adolescente, o adulto são um único e idêntico sujeito humano em diferentes graus de perfeição.
5. A auto-reprodutividade: O ente vivo tem a capacidade de produzir outro ente vivo da mesma espécie.
6. A hereditariedade de caracteres: Os entes vivos transmitem as informações dos caracteres a seus descendentes. Tais informações estão codificadas em unidades denominadas genes, contidas em filamentos do ácido desoxirribonucleico (DNA).
7. Metabolismo. É