Biodiesel

Existe uma perspectiva de produção de óleo de amendoim a preços competitivos para seu emprego na produção de biocombustíveis, devido à possibilidade de seu cultivo na rotação de cultura nos canaviais, o que viabilizaria a utilização desse óleo para produção de biodiesel no nordeste. Neste trabalho determinamos algumas propriedades físico-químicas do óleo de amendoim bruto e investigamos a reação de transesterificação deste, em presença de catalisador ácido e básico. Os resultados indicam que o óleo de amendoim apresenta valores adequados para seu emprego na reação de transesterificação, além de constituir uma alternativa promissora para a obtenção de biodiesel, principalmente pela rota da transesterificação catalisada por catalisadores básicos, pois ótimos rendimentos são obtidos, mesmo com o emprego de óleo bruto. As propriedades físico-químicas do biodiesel obtido são adequadas para sua utilização em misturas com o óleo diesel. Problemas observados em relação à purificação do biodiesel, obtido a partir do óleo bruto, podem indicar a necessidade de refino prévio do óleo.
1) Introdução
A crescente demanda por energia e a consciência ambiental vêm gerando grande interesse na obtenção de combustíveis alternativos a partir de recursos renováveis. Nesse contexto, o biodiesel é uma alternativa atraente porque, além de ser renovável, atende a demanda ambiental pela redução de emissão de poluentes durante sua queima em motores. O biodiesel pode ser obtido a partir de vários óleos vegetais ou de gordura animal, por transesterificação, em presença de álcoois de cadeias curtas e de catalisador básico, ácido ou enzimático dando origem a monoésteres de ácidos graxos e glicerina (SCHUCHARDT, 1998).
Dentre os óleos vegetais que podem apresentar perspectivas de produção competitiva de biodiesel podemos citar o óleo de amendoim. A semente seca de amendoim contém cerca de em torno de 50% de óleo, que apresenta em sua composição cerca de 50-60% de ácido olêico, 18-30% de ácido