Big Data
A ciência do Q
Big Data
Avanço nas conexões entre bancos de dados e na capacidade de processamento torna disponível quantidades gigantescas de informação. Novas pesquisas geram conhecimentos em gestão urbana, planejamento ambiental e física de partículas texto 18 unespciência .:. agosto de 2014
Guilherme Rosa
uer saber qual a fórmula do sucesso da seleção de futebol alemã para vencer a Copa do
Mundo? Bem, combine planejamento de longo prazo, disciplina, bons jogadores
e... muita informação sobre o que acontece em campo. Desde março, o técnico alemão, Joachim Low, dispunha de um novo sistema de armazenamento e de processamento de dados que capturava com oito câmeras todos os lances dos treinos e jogos, e os convertia em estatísticas e imagens que ele podia acessar via tablet ou celular e assim fazer opções táticas.
“No jogo contra a França, por exemplo, vimos graças ao software que o time deles estava muito concentrado no meio, deixando espaço nas laterais, e exploramos isso”, explicou numa entrevista Oliver
Bierhoff, diretor técnico e ex-atacante da seleção alemã.
E não foi só no mundo do futebol que se percebeu que o uso de quantidades cada vez maiores de informação pode levar à
tomada de decisões mais consistentes. Um bom exemplo é o banco de dados sobre acidentes de trabalho que está armazenado num laboratório no Departamento de Ciências da Computação e Estatística da Unesp de São José do Rio Preto. Os servidores ali guardam os registros de
100 mil acidentes de trabalho ocorridos na região, incluindo nome, idade e sexo dos acidentados, parte do corpo atingida, local do acidente e causas. Quem cuida deste projeto é o pesquisador Carlos Valêncio, chefe do departamento.
Para prospectar essas informações,
Valêncio criou uma série de complexos algoritmos computacionais. Estes algoritmos são capazes de preparar e cruzar os dados disponíveis, e apresentar os resultados sob novas formas, que podem