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As mudanças climáticas devem contribuir para um crescimento dramático dos incêndios florestais na Europa, de acordo com um novo estudo feito por pesquisadores do IIASA (Instituto Internacional para a Análise de Sistemas Aplicados, sigla em inglês), sediado na Áustria. De acordo com a pesquisa, a alta nas temperaturas e as longas secas podem resultar em um aumento de até 200% nos incêndios florestais até 2090.
Os pesquisadores afirmam, no entanto, que medidas de prevenção podem reduzir esse aumento para menos de 50%. Eles elencaram duas estratégias para diminuir o impacto das altas temperaturas e das longas secas: as queimadas prescritas --feitas em pequenas áreas e sob um rigoroso controle, com o objetivo de remover galhos mortos responsáveis por alastrar os incêndios; e a supressão de incêndio.
"Ainda há um grande debate sobre a eficácia da queimada prescrita como uma ferramenta de gestão de incêndios florestais. Mas o estudo mostra que essa pode ser uma opção promissora para proteger as florestas europeias dos impactos da mudança climática", diz Nikolay Khabarov, que liderou a pesquisa. O estudo também analisou o potencial de melhoria do combate a incêndios para ajudar a reduzir as áreas queimadas.
Os pesquisadores afirmaram, no entanto, que nenhum estudo conseguiu descobrir a relação custo-benefício de tais esforços em uma escala continental. "Florestas europeias são reservatórios vitais para a vida selvagem, para a biodiversidade e para o nosso próprio prazer e bem-estar. Precisamos encontrar maneiras de protegê-las", disse Khabarov em entrevista ao Daily News.
Os pesquisadores do IIASA afirmam que, na Europa, mais de 95% de todos os incêndios florestais são causados por seres humanos, sendo a maioria deles resultado de negligência, como pontas de cigarro acesas lançadas em florestas e fogueiras. "Em áreas mais populosas, a chance de ocorrência de incêndios florestais aumenta