Benjamin

Filosofia

O Estranho Caso de Benjamin Button

Conceitos: Finitude; sentido como direção; sentido como valor; sentido como relação e sentido como significação

O filme “O Estranho Caso de Benjamin Button”, levanta-nos várias questões relacionadas com a existência humana, com a vida ou com o sentido da vida. A história começa com o nascimento de uma criança, não uma criança normal, mas com aparência de oitenta anos e termina com a morte desse ser de apenas meses de idade. Todos os seres vivos são finitos, isto é, têm um fim (finitude): nascem, crescem e morrem. No filme, os momentos inicial e final mantêm-se, embora a fase de crescimento se apresente invertida. O ciclo de vida está invertido. Podemos considerar que o nascimento no filme será a nossa morte, e o protagonista morre fisicamente como se estivesse a nascer.

Durante o período de existência, infelizmente ou felizmente (dependendo do ponto de vista de cada um), não sabemos o que o futuro nos reserva, ou mesmo se teremos condições de alcançarmos este futuro. Da nossa experiência de vida (onde existe idosos e crianças) questionamo-nos, frequentemente como vamos envelhecer, sendo que todas as alternativas podem trazer-nos sofrimento, mas, de uma forma ou de outra, também podem trazer a alegria se pensarmos que podemos tentar envelhecer com saúde física ou em estado de lucidez. No filme, Benjamin sabe em termos de desenvolvimento, o que vai acontecendo ao longo da sua vida, prevendo que irá deixar de ter racionalidade, chegando, por isso, a escrever uma carta à sua filha (que irá terminar como uma criança, não tendo noção da realidade). O ser humano não prevê o seu futuro, no entanto, a vida deve ter um sentido, um sentido como direção, como valor, como significação. Nesta carta, Benjamim escreve “Espero que tenhas uma vida da qual te orgulhes. E se descobrires que não tens, espero que tenhas forças para conseguires começar de novo”. Esta vida, a que se refere Benjamim, é uma vida em