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Introdução ao estudo da célula
A compreensão da biologia só pôde ser ampliada com o advento da descoberta da célula.
Para nós hoje é muito fácil olhar para qualquer ser humano e saber que ele é composto por milhões de células. Entretanto durante milhares de anos esse simples conhecimento nos era oculto.
Aproximadamente em 1590 Hans e Zacarias Jensen inventaram o microscópio. Era algo muito simples, formado por duas lentes montadas junto a um tubo e permitia ampliar pequenas imagens possibilitando a observação de objetos a olho nu.
No entanto não há indícios que eles tenham usado seu invento para finalidades científicas.
Em 1665, o Inglês
Robert Rooke,
(que era físico) desenvolveu um microscópio aperfeiçoado e examinou algumas amostras de tecidos vegetais, no caso cortiça (súber) e pode observar pequenas
“caixinhas” vazias as quais chamou de células. Seus estudos foram publicados na obra:
“
Micrographia” . A cortiça é um tecido morto, formado apenas pe1as paredes da s cé1u1as vegetais, que são muito resistentes e não se desfazem, mesmo depois da morte das cé1u1as. Ao analisar partes vi- vas de plantas, Hooke percebeu que suas ce1u1as não são vazias como as da cortiça, mas preenchi- das por um líquido de aparência viscosa.
As observações de Hooke foram confirma- das por outros microscopistas da época, dentre os quais se destacou o botânico inglês
Nehemiah
Grew (1641-1712), que fez importantes trabalhos sobre a estrutura microscópica das plantas, comprovando sua constituição ce1u1ar. Outro ci- tologista pioneiro foi o italiano Marcello Ma1pighi
(1628-1694), que descreveu a presença de ce1u1as em inúmeras plantas e em órgãos de animais.
Em 1838, o botânico alemão
Matthias
Schleiden (1804-1881) concluiu que a célula era a unidade básica de todas as plantas. Um ano mais tarde, zoó1ogo
Theodor Schwann
(1810-1882),
também alemão, generalizou o conceito para os animais. Surgia assim