Belo monte
Um assunto que certamente continuará sendo cobrado nos vestibulares é a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que será a terceira maior usina hidrelétrica do mundo, atrás de Três Gargantas, na China, e de Itaipu, na fronteira entre Brasil e Paraguai. Sua localização é o Rio Xingu, próximo ao município de Altamira, no norte do Pará. Quando ficar pronta, em 2015, a Usina de Belo Monte deve gerar 41,6 milhões de megawatts por ano, o suficiente para atender ao consumo de 20 milhões de pessoas durante um ano.
Desde seu início, o projeto de Belo Monte encontrou forte oposição de ambientalistas brasileiros e internacionais e de algumas comunidades indígenas locais. Essa pressão levou a sucessivas reduções do escopo do projeto, que originalmente previa outras barragens rio acima e uma área alagada total muito maior. Em 2008, o CNPE decidiu que Belo Monte será a única usina hidrelétrica do Rio Xingu.
* Fala 1
Usinas hidrelétricas geram eletricidade a partir de dois fatores, a queda d’água e a vazão do rio. A potência de uma usina hidrelétrica está associada ao produto destes dois fatores.
O aproveitamento hidrelétrico é economicamente viável desde que apresente queda d’água expressiva ou grande vazão. Nem se discute se a queda e a vazão são grandes. Usinas de baixa queda d’água necessitam de grande vazão.
A Amazônia é uma extensa planície atravessada por rios de grande vazão e baixa declividade, com expressiva variação de nível entre a época da cheia e da vazante. Aproveitamento hidrelétrico na Amazônia, para ser economicamente viável, requer a formação de grandes reservatórios, com alterações ambientais de consequências imprevisíveis e altos custos sociais.
* Fala 2
Para discutir a construção da usina de Belo Monte, entre 2007 e 2010 foram realizadas 12 consultas públicas; dez oficinas com a comunidade que vive na área do empreendimento; fóruns técnicos em Belém e no Xingu; visitas a mais de quatro mil famílias; quatro audiências públicas