Behaviorismo
A abordagem behaviorista metodológica evita os problemas gerados pela dicotomia mente-corpo, desviando-se dos estados mentais. Para fazer isto, limita-se a tratar os fatos que podem ser objetivamente observados. Nas palavras de Skinner (1974), este behaviorismo emita-se (...) "a considerar aqueles fatos que podem ser objetivamente observados no comportamento de uma pessoa em relação a sua história ambiental anterior”. Para fundamentar esta posição o behaviorismo metodológico baseia-se em duas concepções de filosofia da ciência difundidas no início do século XX: o positivo lógico e o operacionismo. Tais concepções propunham que se dois observadores não podem concordar acerca do que ocorre no mundo da mente, então: os acontecimentos mentais são inobserváveis e sobre eles não pode haver verdade por acordo. E, por isto, o exame dos fatos mentais deve ser abandonado pela ciência. Deve ser considerada, em seu lugar, a maneira pela qual eles são estudados. Por exemplo: em vez de se estudar a inteligência em si mesma (correndo o risco, devido a sua inacessibilidade à observação direta, de atribuir a ela características fictícias), estuda-se os testes que a medem, a maneira pela qual inteligência é identificada e medida. Aparentemente esta proposta foi bem sucedida: ela parece evitar os problemas da dicotomia mente-corpo e não precisa recorrer à introspecção como única alternativa de acesso aos fenômenos psicológicos. Entretanto, o que efetivamente ocorre é a reafirmação do dualismo, uma vez que, o behaviorismo metodológico, ao afirmar que os fatos mentais não podem ser objeto de estudo científico porque não podem ser observados por observadores externos, reafirma a existência de fatos mentais como diferentes fenômenos corporais (físicos).
BEHAVIORISMO RADICAL
O termo foi usado, em 1945, por Skinner, para contrapor-se ao que denominou, então, de behaviorismo meramente metodológico. A proposta de Skinner de um behaviorismo