Bauxita: conceito, reservas e mineração
Conceitos: A bauxita é uma rocha constituída, principalmente, de minerais hidratados de alumínio. Aproximadamente, 92% da produção mundial de bauxita é utilizada na produção de alumina. As especificações de mercado são as seguintes: mínimo de 55% de Al2O3, máximo de 7% de SiO2 reativa, 8% de Fe2O3 e 4% de TiO2. A bauxita, também é empregada nas indústrias químicas (sulfato de alumínio), de abrasivos e de cimento (aluminoso). É a principal fonte comercial de alumínio que é o segundo metal mais produzido no mundo com 38 milhões de toneladas, atrás apenas do ferro, seguido do cobre.
Reservas:
As reservas mundiais somam 34 bilhões de toneladas estando perfeitamente adequadas para atender a demanda atual e suportar aumento na produção mundial. São reservas de bauxita do tipo trihidratadas as encontradas na Guiné, Austrália, China, Brasil, Jamaica e Índia. As bauxitas desse tipo apresentam custos mais baixos na sua transformação em alumina uma vez que requerem pressões e temperatura mais baixas do que as bauxitas do tipo monohidratadas encontradas, por exemplo, na França, Grécia e Hungria.
As reservas brasileiras (medidas+indicadas+inferidas) somam 3,4 bilhões de t (10% das reservas mundiais), sendo a terceira maior do mundo depois de Guiné (25%) e Austrália (23%), distribuídas principalmente na região norte (Pará e Amazonas), mas também nas regiões sudeste e sul. As reservas brasileiras são de grau metalúrgico (84%), utilizadas na produção de alumínio primário, e de grau não metalúrgica ou refratária (16%), sendo ambas do tipo trihidratado. Mais de 90% dessas reservas encontram-se na Amazônia onde estão localizadas as minas das empresas Mineração Rio do Norte (MRN), da Companhia Vale, da Alcoa e da CBA. A tabela abaixo mostra a produção de bauxita pelos dez maiores produtores, segundo dados do Serviço Geológico Britânico (BGS), tomando dados do ano de 2010:
Mineração:
A bauxita no Brasil tem 98% de sua produção destinada às refinarias