Bases de Dados
1. NOÇÃO DE BASE DE DADOS
O termo “base de dados” faz hoje parte do vocabulário corrente. Contudo, essa vulgarização
não
significa
que
o
conceito
técnico
tenha
sido
inteiramente apreendido.
A noção corrente está associada à existência de um volume apreciável de dados relativos a um determinado assunto, supostamente organizados, e acessíveis através de computadores. Muitas vezes, identifica-se base de dados com o “programa” que permite o acesso aos dados. Por vezes identifica-se base de dados com uma parte do todo. Assim, não é de todo improvável ouvir dizer-se que se consultaram as “bases de dados da Internet”, que lidamos com “bases de dados Access” ou que “a base de dados de clientes” é muito completa.
Devemos assim reter que uma Base de Dados é um modelo estruturado de dados com operadores associados, permitindo uma visão unificada desses mesmos dados. Assim, há que distinguir entre Base de Dados (BD) e Sistema de
Gestão de Base de Dados (SGBD). A BD em si, como modelo, obedece
fundamentalmente a critérios de estruturação puramente conceptuais podendo ser descrita através de símbolos, textuais ou gráficos, normalizados.
O SGBD, por seu lado, permite a implementação concreta em computador daquele modelo, impondo uma estrutura física particular, normalmente dele dependente. Assim, a “base de dados de clientes” do departamento de marketing, tanto pode ser suportada pelo computador central, dotado de um sistema de gestão de base de dados Informix-OnLine, como pode ter sido desenvolvida para ser acedida em Access e residir no servidor de Windows-NT do departamento.
Em ambos os casos a base de dados obedece a um mesmo modelo conceptual, e comportará supostamente os mesmos dados 1. Fisicamente, contudo, serão distintas: naturalmente por residirem em computadores
1
Neste exemplo ignoram-se as virtualidades ou os problemas eventualmente associados a qualquer uma das duas situações descritas,