Bases da radiologia
DOENÇAS TORÁCICAS
DANTE L. ESCUISSATO
O diagnóstico diferencial das alterações radiológicas baseia-se em diversos aspectos: densidade, tamanho, número, homogeneidade, nitidez, definição de margens, localização, presença ou não de calcificações ou de escavações. Serão apresentados os principais sinais radiográficos: aumento da densidade pulmonar, diminuição da densidade pulmonar, atelectasia, alterações pleurais e mediastinais.
A maioria das doenças que causam aumento da densidade pulmonar acometem os espaços alveolares e o interstício pulmonar. São três os padrões neste grupo: (a) doença alveolar; (b) doença intersticial; (c) doença mista.
DOENÇA ALVEOLAR. A consolidação pulmonar é definida como a substituição do ar dos alvéolos por líquido, células ou a combinação destes dois. Nos exames radiológicos estas alterações se caracterizam por imagens opacas, causando apagamento dos vasos pulmonares, sem perda significativa de volume do segmento afetado [fig.1]. Os limites são mal definidos, exceto quando estas lesões alcançam a superfície pleural.
Brônquios aerados no interior das consolidações são chamados
“broncogramas aéreos”. A ocupação de alvéolos pode decorrer de sangue, pus, água, proteína e células.
As lesões pulmonares com padrão alveolar (consolidações) podem ser agudas ou crônicas. Lesões agudas são: pneumonia, edema pulmonar, hemorragia pulmonar, aspiração. Causas crônicas são: neoplasias, pneumonia em organização, pneumonia eosinofílica crônica, proteinose alveolar. Figura 1. Corte de tomografia computador izada mostra consolidação em lobo superior esquerdo. As setas vermelhas mostram os broncogramas aéreos, a verde aponta para o limite cissural e a seta amarela mostra a interface mal definida entre o pulmão normal e lesado. PNEUMONIA. Os padrões radiográficos podem ser classificados como pneumonia lobar, broncopneumonia e pneumonia intersticial.
Pneumonia lobar é causada pela disseminação