BASE DE RADIOLOGIA
Em dispositivos contadores que contenham gases puros, os íons positivos podem migrar um longo caminho até o cátodo, antes de serem neutralizados ao chegar ao cátodo, onde se combinam com os elétrons do metal. Existem dois mecanismos através dos quais um elétron adicional pode ser emitido como resultado desta neutralização:
1. a diferença de energia entre o potencial de ionização do íon e a função de trabalho do cátodo pode ser irradiada como um fóton que pode libertar um fotoelétron;
2. ou a diferença de energia pode ser usada diretamente na liberação de um elétron do catodo.
Este elétron adicional resultará em outra descarga, ao menos que algo previna isso, ou seja, que esse processo seja extinto (quenching).
Essa descarga múltipla pode ser evitada através do circuito externo ao tubo GM. O circuito causará o quenching, desde que a resistência do circuito seja aumentada para cerca de ohms ou maior. Com esta disposição, a tensão entre o cátodo e o coletor cai abaixo do valor necessário para manter a descarga, por causa do acumulo de elétrons no colector. Isto é possível pelo fato de que a constante de tempo do circuito de entrada é longo quando comparado com o tempo de recolhimento dos íons positivos. Este circuito tem a grande desvantagem de ter longos tempos de resolução, estes sendo da ordem de milissegundos ou superior.
No presente momento, os tubos convencionais com um circuito capaz de fazer o quenching externamente deram lugar aos tubos com gás de quenching, ou seja, quenching interno. Esses tubos possuem uma pequena percentagem de um gás de quenching além do gás principal de preenchimento. Existem, basicamente, dois tipos de tubos de quenching interno em utilização: os orgânico-quenching e os halogênio-quenching.
Um composição típica de um tubo orgânico-quenching é de Argônio à uma pressão parcial de 90 mm e de álcool etílico à uma pressão parcial de Hg uma 10 mm Hg. Durante a migração dos íons positivos para o cátodo, os