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O Príncipe e o Cachorrinho Pequinês
Bárbara Cartland

“Angelina ainda estava acordada, imaginando que se encontrava nos braços do príncipe, num êxtase de paixão, transportada para os céus! Mas a realidade era outra... Com os olhos razos d’água, escutava as palavras do príncipe, que, sem piedade, continuava a martelar seu cérebro: - Eu a amo, mas tenho que abandona-la, porque você não é digna de se tornar rainha do meu país!
Sentindo-se a mais infeliz das mulheres, Angelina chorava, abraçada a Twi-Twi, seu adorado cachorrinho pequinês, testemunha do seu amor fracassado...”

Título original: “THE PRINCE AND PEKINGESE”
Copyright para Língua portuguesa: 1982
ABRIL S.A CULTURAL E INDUSTRIAL – São Paulo

CAPÍTULO I

1902

“A rainha, muito bela, usava traje cinzento e broches de diamantes em forma de estrela, vários tamanhos. Estão entre suas jóias favoritas...”
A voz de Angelina sumiu ao constatar que sua avó, para quem lia a notícia, estava quase dormindo.
Sabia que não seria nada prudente sair do quarto, a menos que recebesse ordens para tanto.
Em conseqüência, estiou a perna e deu um leve pontapé em Twi-Twi, o cãozinho pequinês que estava ditado a seu lado, de modo a fazê-lo rosnar, indignado.
Sua avó acordou imediatamente.
- O que há com Twi-Twi? Está querendo sair?
- Acho que sim vovó.
- Pois então, leve-o! Leve-o já! – Ordenou lady Medwin. – Você sabe muito bem que ele deve dar um passeio a cada quatro horas.
Não fazia nem duas horas que Twi-Twi tinha sido levado para o jardim de Belgrave Square, mas Angelina não disse nada. Em vez disso declarou:
- Muito bem, vovó, levarei Twi-Twi até o jardim e espero que a senhora consiga dormir.
- Duvido – declarou lady Medwin, com dignidade.
No entanto, antes que a neta chegasse até a porta do quarto, os olhos de lady Medwin já se fechavam. Angelina sabia que a infalível sesta duraria com toda certeza pelo menos uma meia hora.
Livre por um momento das obrigações que