barroco

O Barroco
O Barroco é entendido como uma reação à clareza, organização e ordem do Renascimento, e ocorreu logo após o aparecimento do Maneirismo, que de certo modo o anuncia. O estilo originou-se na Itália e irradiou-se pelo restante da Europa, chegando até as Américas portuguesa e espanhola.
A palavra barroco é de origem portuguesa (barroco) ou espanhola (barrueco). Designa “pérola de forma irregular” e foi aplicada à arte produzida no Ocidente entre a última década do século XVI e a primeira metade do século XVIII. Até quase o final do século XIX, o barroco foi visto como estilo decadente, encarado com má vontade por historiadores e críticos de arte. As tentativas de compreensão do barroco só adquiriram relevo a partir da década de 1880.
Em 1887, Cornelius Gurlitt publicou o estudo Geschichte des Barockstils in Italien (História do estilo barroco na Itália), seguido de outros sobre a Alemanha e a França. Em 1888 Heinrich Wölfflin publicou Renaissance und Barock, livro que deu início à verdadeira revisão do barroco, levantando o que seriam as categorias formais fundamentais do estilo.
Mesmo com esses avanços conceituais quanto ao valor do estilo, só após a consagração do impressionismo, no início da arte moderna, o barroco começou a ser amplamente aceito.
O barroco não aspira a uma persistência tranqüila, conclusa em si mesma, mas a um perpétuo vir-a-ser, para enfatizar a idéia de movimento. No desejo de destacar as energias em sua máxima tensão, criam-se conflitos de força e contradições, como a que se torna evidente entre a sensualidade das formas e um claro substrato de aspirações místicas. Revalorizado o estilo, fala-se hoje não apenas de artes plásticas barrocas, mas também de um barroco literário e musical, de uma cultura, de um pensar ou modo de ser barroco.

Contexto:
Enfraquecimento do poder católico com as transformações sucessivas desencadeadas pelo Humanismo, o Renascimento e a Reforma.
Contra-Reforma, aplicada em grande parte pelos