Barroco e Arcadismo
- Rebuscamento que aflora arte barroca é reflexo de um dilema que muito atormenta o homem do século XVII: o conflito entre o terreno e o celestial, o homem e Deus (antropocentrismo e teocentrismo), o pecado e o perdão, o paganismo renascentista e a religiosidade medieval, o material e o espiritual.
Vocabulário rico e raro, plano e cores, buscam detalhes, valorização do ornamento que resulta num exagerado rebuscamento formal.
No século XVII, por força de vários acontecimentos religiosos e espirituais ressurgem, passando a conviver com os valores renascentistas.
Momento de dualismo e contradição – expressão artística – BARROCO.
Crise espiritual na cultura ocidental.
Nesse momento histórico, conviviam duas mentalidades, duas formas distintas de ver o mundo: de um lado paganismo e o sensualismo do Renascimento, em declínio; de outro, uma forte onda de religiosidade, que lembrava o teocentrismo medieval.
No século XVI, o Renascimento representou o retorno à cultura clássica Greco-latina e a vitoria do antropocentrismo. No século XVII, surgiu o BARROCO com alguns vínculos com a cultura clássica, mas que buscava caminhos próprios.
Gregório de Matos – principal poeta barroco brasileiro.
Tendências que manifestam no Barroco:
- Cultismo – gosto pelo rebuscamento formal, jogo de palavras, figuras de linguagens, vocabulário sofisticado, imagens violentas e fantasiosas. O cultismo é mais comum na poesia.
- Conceptismo – jogo de idéias, sutileza do raciocínio e do pensamento lógico, por analogias, historias ilustrativas. O conceptismo é mais comum na prosa.
Mas tanto o cultismo e conceptismo podem aparecem em um mesmo texto. ARCADISMO, SETECENTISMO OU NEOCLASSICISMO.
No século XVIII, as transformações que ocorriam no plano político e social – o fortalecimento político da burguesia, o aparecimento dos filósofos iluministas, o combate à Contrarreforma, entre outras – exigiam dos artistas uma arte que atendesse às necessidades de expressão do ser humano