Barroco Portugues
Iniciado em 1580 com a morte de Luis Vaz de Camões e a União Ibérica, o barroco marca o início da decadência de Portugal, que vivia seu apogeu econômico e social. Em 1580, D. Sebastião (rei muito querido de Portugal) desaparece misteriosamente numa batalha na África e, desde então, Portugal nunca teve o mesmo prestígio de antes. Por causa disso, criou-se o mito do "sebastianismo" no qual se acreditava que a felicidade de Portugal estava ligada a D. Sebastião. Após o desaparecimento do rei, o cardeal D. Henrique assume o reino de Portugal, porém, sendo ele cardeal, não tinha herdeiros e, por causa disso, o trono português passou para as mãos de Felipe II da Espanha, que anexou o reino português a seus domínios. Em Portugal, o Barroco ou também chamado Seiscentismo (por ter sido estilo que teve início no final do século XVI), tem como marco inicial a Unificação da Península Ibérica sob o domínio espanhol em 1580 e se estenderá até por volta da primeira metade do século XVIII, quando ocorre a Fundação da Arcádia Lusitana, em 1756 e tem início o Arcadismo.
Características:
a) CULTISMO ou GONGORISMO – É o jogo de palavras; é o rebuscamento da forma, é a obsessão pela linguagem culta, erudita, por meio de inversão da frase (hipérbato), do uso de palavras difíceis.
É o abuso no emprego de figuras de linguagem, especialmente a metáfora, a antítese e o hipérbato.
O principal cultista do barroco mundial foi o espanhol Luiz de Gôngora. No Brasil, Gregório de Matos.
b) CONCEPTISMO – É o aspecto construtivo do Barroco, voltado para o jogo das idéias e dos conceitos.
É a preocupação com as associações inesperadas, seguindo um raciocínio lógico, racionalista.
O principal conceptista do barroco mundial foi o espanhol Francisco de Quevedo. No Brasil, padre Antônio Vieira.
c) TEOCENTRISMO x ANTROPOCENTRISMO – O rebusca-mento da arte barroca é reflexo do dilema em que vivia o homem do seiscentismo (os anos de 1600). Daí as preferências por temas opostos: