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A Contra-Reforma, como ficou conhecida essa reação, significou um grande impulso para a arte religiosa. Interessada em popularizar a tradição e os ensinamentos cristãos, a Igreja Católica patrocinou artistas e artesãos, multiplicou a produção de ornamentos e imagens para a decoração dos templos, e irradiou essa tendência estética por diferentes lugares ao redor do mundo.
O incentivo dado pela Igreja à produção artística levou artistas de toda a Europa para a Itália, criando um intercâmbio que fez o barroco se espalhar rapidamente pelas principais capitais do continente. O realismo das imagens de Caravaggio, a dramaticidade e o movimento de obras como as de Carracci e Bernini logo repercutiram na arte religiosa européia.
Espanha - Na Espanha, o impacto causado pelo barroco italiano foi notado principalmente na pintura. Diego Velázquez, o mais importante pintor espanhol à época, desenvolveu um trabalho marcado pelo realismo do italiano Caravaggio, que já em 1603 tinha obras expostas em Sevilha, onde Velázquez iniciou sua carreira.
Na escultura, no entanto, em vez do mármore usado na Itália, persistiu a opção pela talha em madeira, de origem medieval. As esculturas policromadas e cheias de detalhes e o uso de enormes retábulos ricamente decorados foram característicos tanto do barroco espanhol quanto do português e do brasileiro.
Portugal - O apogeu do barroco português se deu com o reinado de D. João V, após o domínio espanhol, de 1580 a 1640.
A influência italiana foi intensa. Na arquitetura destacaram-se o italiano Nicola Nazzoni, que desenvolveu no norte do país um estilo tipicamente português, e o alemão Frederico Ludovice, que após uma estadia em Roma transferiu-se