bandeirantes
"O tema entradas e bandeiras tem sempre espaço garantido nos livros didáticos de História do Brasil. Nos capítulos referentes à expansão territorial, o bandeirante é apresentado, na grande maioria das vezes, como herói responsável pelas dimensões continentais do país. As ilustrações do texto apresentam, quase sempre a figura de um sertanista de botas de cano alto, chapéu de aba larga, gibão acolchoado, com uma escopeta ou um bacamarte na mão. No texto é passada a visão heróica do bravo que, vencendo dificuldades sem fim, conquistou áreas imensas para a Colônia e descobriu riquezas no interior do Brasil. Os livros didáticos, na verdade, reproduzem uma visão mítica do bandeirante, elaborada cuidadosamente pela historiografia do bandeirismo. Essa versão mítica está tão profundamente enraizada, que faz parte do senso comum e é tida e aceita como concreta e definitiva". (VOLPATO, 1986, p. 17).
A proposta deste texto é apresentar os aspectos reais sobre as entradas e bandeiras, mas tendo foco na figura dos bandeirantes e no relato de algumas entradas e bandeiras. A ideia é mostrar como as bandeiras se estruturavam, quais eram seus objetivos, como era a vida numa bandeira, e sua importância para a ampliação do território colonial brasileiro, para a escravidão indígena, o combate aos quilombos e a descoberta das minas de ouro, esmeraldas e diamantes.
Atividades e importância histórica
Estes homens, que saiam de São Paulo e São Vicente, dirigiam-se para o interior do Brasil caminhando através de florestas e também seguindo caminho por rios, o Rio Tietê foi um dos principais meios de acesso para o interior de São Paulo. Estas explorações territoriais eram chamadas de Entradas ou Bandeiras. Enquanto as Entradas eram expedições oficiais organizadas pelo governo, as Bandeiras eram financiadas por particulares (senhores de engenho, donos de minas, comerciantes).
Estas expedições tinham como objetivo predominante capturar os índios e procurar por