bandeirantes
Chama-se bandeirantes os sertanistas do Brasil Colonial, que, a partir do início do século XVI, entraram nos sertões brasileiros em busca de riquezas minerais, sobretudo a prata, abundante na América espanhola, indígenas para escravização ou extermínio de quilombos.
A maioria dos bandeirantes eram descendentes de primeira e segunda geração de portugueses na região que hoje é São Paulo, sendo os capitães das bandeiras de origens européias variadas, havendo não só descendentes de portugueses, mas também de galegos, castelhanos e cristãos novos, além de alguns casos de parentescos genoveses, bascos, sarracenos, napolitanos e toscanos, entre outros. Compunham minoritariamente as tropas fração de índios (escravos e aliados) e caboclos (mestiços de índio com branco), normalmente chegando a, no máximo, vinte por cento do contingente total, e executando as tarefas secundárias da tropa, tal qual a manutenção dos mantimentos e cuidados dos animais de abate.
Além do português, os bandeirantes também discorriam a língua tupi, língua esta que era por vezes a utilizada quotidianamente por eles. Foi com termos tupis que os bandeirantes batizaram os vários lugares por onde passaram, originando muitos dos atuais topônimos brasileiros, como: Jundiaí, Piracicaba, Sorocaba, Taubaté, Guaratinguetá, Mogi das Cruzes, São Luiz do Paraitinga, Tatuapé etc.
Segundo um mando real de 1570, a Lei das Ordenanças, nas zonas rurais ao invés da Companhia de Ordenanças, se organizava uma Bandeira: tinha concepção similar à de uma companhia, sendo que seus componentes eram aquinhoados em esquadras, reunindo todos os que estavam até a uma légua da sede do capitão-mor. Foi essa a origem das bandeiras que oprimiram e devassaram o território brasileiro. De início, também era uma forma de proteção contra os ataques indígenas, já que haviam destruído uma expedição de Martim Afonso de Sousa em Cananeia e a de Juan Díaz de Solís no Rio.
No início da