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No quarto trimestre de 2009, aumentaram as evidências de retomada da atividade econômica global, em especial, no que se refere aos principais mercados emergentes. Paralelamente, as sinalizações vindas dos países avançados, ainda que portadoras de incertezas, são de que o nível de atividade tem respondido positivamente aos efeitos das políticas monetária e fiscal expansionistas.
Esse ambiente de recuperação, que difere significativamente da conjuntura observada no último trimestre de 2008, o qual era caracterizado pelo colapso nos mercados financeiros das economias maduras, mantém-se produzindo desdobramentos favoráveis sobre o comércio internacional e preços dos ativos, com destaque para os mercados de commodities e bolsas de valores.
O Brasil continuou se beneficiando desse panorama e, em resposta às políticas econômicas anticíclicas implementadas a partir do final de 2008, está consolidando o início de um novo ciclo de crescimento econômico. As perspectivas favoráveis em relação à economia doméstica permaneceram como o principal balizador à entrada de recursos externos, seja sob a forma de investimentos diretos ou em portfólio, financiando com folga o déficit em transações correntes. Tal fluxo permitiu acúmulo adicional de reservas, cujo saldo elevou-se em cerca de US$ 15 bilhões no trimestre, atingindo a cifra de US$ 239 bilhões ao final de 2009.
Reservas Internacionais (US$ bilhões)
Dessa forma, não obstante a redução do risco-país, de 242 para 196 pontos base, entre os meses de setembro e dezembro de 2009, a taxa de câmbio permaneceu relativamente estável ao longo do trimestre, em torno da média de R$ 1,74/US$. A aparente interrupção do ciclo de valorização da taxa nominal de câmbio foi influenciada, entre outros aspectos, pela decisão do governo em adotar a cobrança de imposto (IOF) sobre a entrada de capitais externos destinados a aplicações no mercado financeiro e de capitais. Além disso, ocorreu um arrefecimento da